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O que fazer com a Barsa?


Dias atrás recordava-me da minha infância e da presença da enciclopédia Barsa na minha casa. Lembro dos muitos volumes brancos que tomavam conta de um armário. Assim como a Barsa, haviam ainda outras Enciclopédias, como a Britânica e a LaRousse. Durante grande parte do meu ensino fundamental a fonte de busca para meus trabalhos escolares era esse volume de livros, todos de folhas grossas e com uma impressão que deveria ser muito cara na época.

 

O mundo das enciclopédias fez com que meus pais, e os pais da minha geração ensinasse aos seus filhos que viveríamos uma sociedade de informação. O valor informacional e financeiro das enciclopédias, representado inclusive pelo luxo de suas edições, mostrava aos nossos pais que conhecimento e cultura eram bens escassos e de alto valor. Criados em meio a essas informações, fomos preparados para uma “sociedade de informações”, porém não se compreendeu que a dimensão das informações na contemporaneidade.

 

Descoberto o engano cometido, percebemos que a informação, e o conhecimento, já não são produtos escassos ou muito valorizados. O conhecimento universal está praticamente todo disponível a quem se dedicar alguns segundos a uma busca. Mas então, qual é o tesouro de nossa geração?

 

 Me parece que a grande habilidade a ser valorizada pelo mundo é a nossa capacidade de raciocínio, agilidade na tomada de decisões, inteligência emocional e capacidade de processamento das informações. Num mundo em que quase tudo pode ser conhecido, não importa o quanto se sabe, e sim o que se faz com as informações que se possui.

 

De outro lado, percebo também a importância de uma capacidade de distinguir informações verdadeiras e/ou úteis daquelas que não o são. Em meio a todo esse mar de conhecimento, devemos saber distinguir qual água é potável e qual nos envenenará.

 

Em meio a esse mundo onde o conhecimento mudou de posição, como você vive e treina sua capacidade de processamento? O que você faz com a sua Barsa?

Comentários

anebr disse…
Excelente post! Aliás, meu sonho de infância era ter uma barsa...
Anônimo disse…
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